Engenharia e Direito: Sinergia em prol do sucesso

A Engenharia e o Direito podem, aparentemente, ser vistas como áreas opostas do conhecimento ou, numa perspectiva mais abrangente, como campos complementares. Vitor Melo, CEO da Exxata, comenta esta relação entre engenheiros e advogados.

Posted mercredi, décembre 7 2022
Engenharia e Direito: Sinergia em prol do sucesso

A Engenharia e o Direito, em um primeiro momento, não parecem se relacionar muito. Contudo, no âmbito judicial e arbitral, em litígios envolvendo matérias de engenharia, é fundamental a cooperação entre os profissionais das duas áreas.

Vitor Melo, CEO da Exxata, empresa especializada em assistências técnicas em perícias, descreve a importância do trabalho conjunto entre engenheiros e advogados:

“O engenheiro deve atuar como um facilitador nas perícias relacionadas a sua área de atuação. Cabe aos assistentes técnicos oferecer subsídios de maneira didática para fundamentar as peças dos advogados, assim como cabe aos peritos entregar laudos conclusivos e sanar eventuais dúvidas para tomada de decisões de árbitros e juízes.”

No entanto, esses profissionais - engenheiros e advogados - em regra, possuem características extremamente distintas, que vão desde a sua formação acadêmica até a forma como atuam no mercado de trabalho. Assim, fica evidente que a rotina de atuação conjunta entre ambos nem sempre ocorrerá com harmonia e alinhamento.

Enquanto o futuro advogado adquire um embasamento teórico mais humanista - estudando filosofia, sociologia e história - no ciclo básico do curso de Direito, o estudante de Engenharia tem o seu curso voltado para um ensinamento técnico, quase que exclusivamente, com as disciplinas de cálculo, física e química.

Diante deste cenário, não é incomum desavenças entre engenheiros e advogados, sendo o principal problema dessa parceria a dificuldade de comunicação. De um lado, a objetividade e, do outro, a subjetividade. Representando, assim, uma queixa de não compreensão e entendimento, de ambas as partes.

Entretanto, o que se espera dos profissionais envolvidos neste mercado é o empenho conjunto para que as partes interessadas em um eventual litígio sejam devidamente atendidas e que a decisões tomadas nos processos e arbitragens sejam corretas e tenham o devido lastro técnico e ocorram em harmonia.

Aliás essa harmonia entre assistente técnico e advogado é fator fundamental para o sucesso de uma causa, seja arbitral ou judicial. O assistente e o advogado, atuando de maneira sincronizada, tornam-se uma dupla que potencializa em muito a chance de sucesso da causa.